Novo combustível nuclear permitirá a presença permanente do homem na Lua

Uma nova corrida espacial está em andamento. Recentemente, a Índia se tornou o primeiro país do mundo a pousar no polo sul da Lua , mas diversas nações estão preparando novas missões lunares. Nesse sentido, a Universidade de Bangor, no País de Gales, está desenvolvendo um novo combustível nuclear para futuras bases espaciais na Lua.

O trabalho dos pesquisadores da Universidade de Bangor conta com o apoio da Agência Espacial do Reino Unido. O objetivo é criar um combustível para os microrreatores que serão desenvolvidos pela Rolls-Royce e que alimentarão futuros postos avançados lunares até 2030. A nova tecnologia é considerada fundamental para garantir a realização de missões de longo prazo na Lua, além de estabelecer uma presença humana permanente na superfície lunar.

Hoje isso não é possível em função da noite lunar de 14 dias, quando as temperaturas diurnas caem para -130 °C. Essa combinação de frio congelante e escuridão exige sistemas de energia nuclear para manter qualquer tipo de operação em andamento, segundo informações da New Atlas.

Criadas por impressão 3D, essas partículas de combustível são feitas de urânio enriquecido, carbono e oxigênio, com um núcleo de urânio selado dentro de camadas de carbono e cerâmica. Ao contrário das barras de combustível, essas partículas são extremamente fortes e lidam com temperaturas muito altas, elas também são resistentes a danos causados por irradiação de nêutrons, corrosão e oxidação.

Na Lua e em corpos planetários que têm dia e noite, não podemos mais depender do Sol para energia e, portanto, devemos projetar sistemas como o pequeno microrreator para sustentar a vida. A energia nuclear é a única forma que temos atualmente de fornecer energia para essa duração das viagens espaciais. O combustível deve ser extremamente robusto e sobreviver às forças de lançamento e, em seguida, ser confiável por muitos anos.

Simon Middleburgh, professor e codiretor do Nuclear Futures Institute da Universidade de Bangor

 

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