Crítica | Liga da Justiça: Crise em duas Terras

Liga da justiça : Crise em duas terras  é uma animação muito divertida e muitos que assistirem lembrarão. Pelos easter eggs , por explorar pelo menos um pouco o multiverso DC, com suas infinitas possibilidades. Algo que a DC  entertainment não tinha adaptado ainda. Baseado no ‘’O Sindicato do crime’’ , que  são da antiga Terra 3 onde tudo é o oposto da nossa própria Terra.

A história começa numa Terra Paralela, quando versões heroicas de Lex Luthor e Coringa (chamada de O Bobo) invadem a base secreta do Sindicato do Crime da América e roubam um dispositivo detonador chamado “gatilho quântico”. O Bobo acaba se sacrificando ao ser encurralado pelos vilões J’edd J’arkus (uma versão do Caçador de Marte) e Angelique (uma versão da Moça Gavião). Lex Luthor consegue fugir para a Terra original, onde pede ajuda a Liga da Justiça.Os heróis da Terra aceitam ajudar e acompanham Lex de volta a Terra Paralela, menos Batman, que fica para cuidar do Satélite da Liga. A Liga de Justiça se defronta contra suas versões malignas enquanto o Presidente dos Estados Unidos, Slade Wilson, reluta em enfrentar os vilões pois não quer usar armas nucleares contra eles.

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Na animação o Coruja, a versão maligna do Batman,  é o maior destaque do filme. Retratado como um niilista, ele descobre uma maneira de destruir toda a realidade e decide fazê-lo simplesmente porque pode, sem ter nenhum motivo real para isso e, mais importante, sem ganhar nada com o ato. Sua total ausência de sentimentos e seu bordão “nada importa” o transformam num oponente terrível, até mesmo para o Batman, que vê como ele poderia ter sido com um pouco menos de humanidade. Esse vilão em particular, não trama construir uma bomba para ameaçar o governo, mas para destruir a Terra Primordial, acarretando assim a destruição de toda a realidade. Esse é outro ponto alto do filme: a exploração da psique de alguns personagens.

Enredo não é nada incrível, mas a animação realmente surpreende. Desnecessário, mais uma vez, falar sore a qualidade gráfica: cenas de ação primorosas, lutas de tirar o fôlego, movimentação bem fluida. As cenas de teleporte entre as realidades, a movimentação do Flash e os efeitos de eletricidade. O carisma dos personagens , cada um tendo o seu momento , o timing cômico e de drama na medida certa.

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Algumas curiosidades a respeito da produção como, por exemplo, o fato de ela ser originalmente escrita para ser um longa da série animada do Bruce Timm. E há vários elementos que comprovam isso: a Liga com seis componentes, faltando apenas a Mulher-Gavião, já que a estória serviria de ponte para o início da Liga da Justiça Sem limites. O fato dos heróis conhecerem suas identidades secretas, um novo satélite sendo construído e mesmo o Flash sendo Wally West.

Fica da dia Liga da justiça: Crise em duas terras é uma animação que vale a pena conferir até para quem não é fã da DC!