Crítica | Resident Evil: Degeneração (2008)

Resident Evil: Degeneração é visto por muitos como o grande contraponto aos filmes de Paul Anderson, que apenas pegaram alguns elementos dos jogos e brincou com eles .A  diferença é aqui, é que estamos falando verdadeiramente de um filme baseado em um jogo inspirado em filmes de zumbis. Sendo assim, o roteirista Shotaro Suga não nos deixa esquecer de Resident Evil 2 inclusive.

Para aqueles que desconhecem a história dos jogos, podem ficar tranquilos. Não é preciso saber de nada para entender o roteiro deste filme. É como se fosse uma história separada, mas que também se encaixa perfeitamente na cronologia dos jogo

A história se passa sete anos após o incidente em Raccoon City (final de Resident Evil 2), nesse meio tempo a Umbrella Corporation foi a falência, o governo estadunidense investiu bilhões de dólares no combate ao chamado bioterrorismo, uma nova corporação médica – a Wilpharma – é criada e ganha poder através de supostas experiências ilegais com o “Virus T” na Índia. Isto e a controversa associação da empresa com o senador Ron Davis (Michael Sorich) são suficientes para uma sucessão de protestos da Terra-Save, uma ONG que trata da busca e resgate de pessoas em ataques químicos e biológicos.

Claire Redfield, agora é uma membro da organização está no aeroporto de Havardville para encontrar uma amiga (Mary Elizabeth McGlynn). Enquanto isso, um passageiro em um avião que se aproxima do aeroporto para pousar está nos últimos estágios de contaminação pelo Virus T. Em processo de se tornar um zumbi. Com o caos instalado, o governo envia o agente especial Leon Kennedy para lidar com o acontecimento, que parece ter sido um ato terrorista, e salvar os sobreviventes no aeroporto. A trama, porém, vai muito mais além, e envolve uma conspiração que parece se estender até os níveis mais altos do governo dos EUA.

Resident Evil: Degeneração não tem visuais tão fotorrealistas infelizmente, pode ter sido a um fator relacionado a orçamento baixo talvez. Afinal este foi um possível teste, e como fez sucesso, vimos bons resultados nas sequencias. O personagem Leon sofreu com isso, o aspecto sério e o tom frio do personagem difere bastante da aparição do personagem dos games. E a culpa não é apenas de um roteiro que utilizou mal o protagonista, mas também de um trabalho de animação facial praticamente inexistente.

O grande ponto positivo do roteiro é descentralizar os incidentes biológicos, que nos jogos parecem ser acontecimentos isolados, e transformá-los em eventos em escala global, que atraem a atenção e a preocupação do público, da mídia e dos governos.

Resident Evil: Degeneração consegue te prender pela história interessante e clima de tensão constante. A animação não se propõe a adaptar os conceitos dos games para uma nova audiência, e sim, dar continuidade ao universo visto nos consoles. Mas, se compararmos filme com filme, o longa de Makoto Kamiya é superior a qualquer produção da saga estrelada por Milla Jovovich. O fator diversão é garantido, para fãs e para o público em geral.

Resident Evil: Degeneração ( Resident Evil: Degeneration-EUA)-2008

Direção: Makoto Kamiya

Roteiro:Shotaro Suga

Produção:Hiroyuki Kobayashi

Elenco: Paul Mercier, Alyson Court, Laura Bailey, Roger Craig Smith, Crispin Freeman, Michelle Ruff, Michael Sorich, Salli Saffioti, Mary Elizabeth McGlynn, Steve Blum, Michael McConnohie

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