Não Recomendo | Supergirl

Meus caros, esse é o segundo post “não recomendo”, e coincidentemente, o segundo envolvendo a CW ( a primeira temporada foi exibida pela NBC), não tenho nada contra a emissora e suas produções, o fato é que boa parte de suas séries, principalmente de heróis, são produzidas a partir de um modelo padrão, de uma estrutura fixa e preguiçosa, que não demonstra criatividade alguma, em resumo, as séries costumam apresentar um protagonista, seu par romântico, e uma equipe de apoio com um chefe operacional, um ou mais nerds engraçadinhos e irritantes especialistas em tecnologia; todos operando a partir de um esconderijo secreto.

Existem produções não recomendáveis para menores de 16, menores de 18, para quem se impressiona fácil e coisas que não são recomendáveis pois são ruins mesmo, é o caso da série da CBS e agora CW, Supergirl, uma das atrações mais genéricas que já tive o desprazer de assistir.

Sinopse

Kara Zor-El (Melissa Benoist) ainda criança, é enviada à terra para cuidar de seu primo Kal-El pouco antes da destruição de Kripton, mas algo dá errado e Kara é lançada em direção à prisão intergaláctica Zona Fantasma, onde sua nave fica aprisionada. Finalmente, a nave de Kara deixa a Zona Fantasma, mas ao chegar na terra, encontra seu primo Kal-El já estabelecido em Metrópoles, adulto e com uma vida dupla, atuando como jornalista no Planeta Diário, e nas horas vagas como o vigilante Superman. Sem necessidade de desempenhar sua função pré-estabelecida, Kara é adotada por uma família terrestre (Danvers) e tenta levar uma vida normal, a jovem consegue um emprego como assistente  de Cat Grant (Calista Flockhart), chefe da mídia local. Após usar seus poderes para evitar um desastre aéreo, Kara decide que é hora de se tornar algo maior e resolve partilhar o símbolo e a missão de seu primo famoso, tornando-se a Supergirl.

Depreciar algo sem ao menos entregar justificativas plausíveis, é puro “haterzismo”, logo, usarei as linhas que seguem para expor os aspectos que desagradam na série Supergirl, e mais uma vez, como no primeiro “Não recomendo”, faço um convite a vocês amigos, para que comentem refutando meus argumentos, ou apoiando-os se assim desejarem.

O primeiro problema evidente em Supergirl, é a falta de criatividade dos produtores, diretores e roteiristas; eu sei que a personagem em si é uma cópia do Superman, mas justamente por esse motivo é que a produção deveria se empenhar para distanciar Kara de Kal-El. Se Clark Kent trabalha em um jornal, Kara deveria fazer tudo, ser garçonete, advogada, médica e uma infinidade de outras coisas, menos trabalhar em algo relacionado a jornalismo. A falta de criatividade é tamanha, que não é difícil perceber que a dinâmica entre Kara e sua chefe Cat Grant, não passa de um plágio descarado de “O Diabo Veste Prada”, onde Andrea Sachs (Anne Hathaway) é assistente de uma chefe indigesta interpretada por Meeryl Streep, e gradativamente vai caindo nas graças da megera ao demonstrar sua competência.

O que acham dessa Mística do Paraguai?

O segundo problema é a falta de carisma não só da protagonista, todos os personagens são medíocres e desinteressantes, Supergirl é uma versão feminina e trapalhona do Homem de Aço, em cada episódio e a cada vilão combatido, a personagem se lamenta e pergunta o que seu primo faria diante da situação, a série usa um de seus ícones como muleta descaradamente, assim como Arrow não tem identidade própria e é uma reles emulação de Batman, Supergirl não se sustenta sem o Superman em nenhum episódio. O par romântico, que é um dos personagens mais conhecidos das HQs do Superman, o fotógrafo Jimmy Olsen (Mehcad Brooks) não tira fotos, fica atoa o tempo inteiro; o patético fotógrafo do Planeta Diário foi deslocado de seu posto e se tornou uma celebridade, uma referência na empresa de Cat Grant, em Supergirl, é apenas um rapaz bombado, que não consegue perceber que a heroína está querendo seu corpo nu numa bandeja.  Winn Schott (Jeremy Jordan) por sua vez, é a Felicity Smoak ou o Cisco Ramon de Supergirl, o carinha da tecnologia que não fede e nem cheira, entre as mais recorrentes, está personagem interpretada por Chyler Leigh, a irmã de Kara, Alex Danvers. Temos ainda a presença do Vingador de Marte, ele mesmo, o Ajax! Outrora líder da Liga da Justiça da América, é a personificação de um dos problemas das séries da Warner/DC, o desperdício de bons personagens, mil vezes mais interessante que a própria Supergirl, o Ajax é usado como coadjuvante! Poxa vida Warner, Ajax merecia ao menos uma série própria ou até mesmo participação em um filme!

Terceiro problema, Melissa Benoist é linda, mas nem um pouco talentosa, usa sempre os mesmos trejeitos, o mesmo sorriso amarelo a cada erro que comete como Supergirl, os demais atores não são grande coisa, os roteiros são medíocres e previsíveis, o efeitos especiais e uniformes da heroína e vilões é padrão CW, não espere muita coisa. A propósito, veja só o Tornado vermelho e tire suas conclusões:

Estou ciente de que muitas pessoas gostam de assistir a esse tipo de produção despretensiosa, não acho que devam cancelar, afinal, quem dita as regras é a audiência, esse tipo de série costuma vir para ficar, rendem 10 temporadas cada vez piores. Este é o meu ponto de vista, com base na primeira temporada, a única que aguentei assistir. Se você gostou do post, ou se não concorda, deixe nos comentários!

Até o próximo “não recomendo” amigos geeks! 

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